Todas as empresas enfrentam desafios. Todos os setores têm suas dificuldades a vencer, índices a superar e também todos sabemos que hoje em dia a tecnologia é essencial para o funcionamento de qualquer negócio.
Porém, o gestor de TI, inserido nessa realidade, pode enfrentar desafios em diversas frentes: tanto com a equipe interna, para engajar, para produzir, para inovar, integrar e assim por diante, quanto com a alta gestão, para justificar investimentos, apresentar o ROI e ajudá-la a ver a TI como um investimento e não só como custos, a entender o que o mercado e os próprios setores da empresa estão esperando da área, a compreender ameaças e oportunidades e a gerenciar esses cenários.
Bem por isso novas competências têm sido exigidas dos profissionais que lidam diretamente com a gestão dessa área, a fim de que possam ser capazes de identificar necessidades e tendências e responder prontamente a eles com a gestão de recursos, desenvolvimento de soluções, ideias ou projetos em tempo hábil e da melhor forma possível.
Portanto, se você está nessa posição e deseja melhorar sua performance dentro da empresa, veja a seguir quais as principais características, habilidades e qualificações que todo gestor de TI precisa ter para realizar uma gestão de TI mais eficiente:
1- Esteja conectado com sua equipe
Em primeiro lugar, é importante que o gestor entenda seu papel como gerenciador de capacidades, o que pedirá, portanto, que ele esteja preparado para compartilhar experiências com sua equipe e identificar, dentro delas, as competências essenciais que devem ser potencializadas para um melhor trabalho.
Ouvir sua equipe também é muito importante para entender os desafios que ela enfrenta no dia a dia e promover um ambiente de trabalho mais produtivo ou mesmo dialogar com a gestão da empresa para encontrar formas de melhor prover os departamentos com bom custo x benefício.
2- Saiba utilizar conjuntos de dados como item valioso
Como gestor de TI outra coisa importante a entender é que não só a estrutura física e o funcionamento das operações que dependem dos recursos da área ficarão sob sua responsabilidade, como também, muitas vezes, a utilização de informação estratégica para alavancar os negócios.
Discutir tecnologias, recursos e projetos para aumentar a capacidade competitiva da empresa também, bem como promover culturas que tenham em vista esse fator.
Segundo o Gartner, por exemplo, em 2017 a receita do mercado de Analytics, apenas para se ter uma ideia, rondou US$ 18,3 bilhões, apresentando perspectiva de alta em relação ao ano anterior, para se ter uma ideia da força do conceito que leva em conta entender e atender melhor o negócio por meio da análise e uso de dados.
É importante que o gestor se preocupe em ter essa visão e em acompanhar o que acontece a partir dela para que possa interferir em caso de problemas que possam inclusive gerar prejuízos maiores no futuro.
Por essa razão o acompanhamento em tempo real da situação das áreas é importante, sempre que possível, para que o gestor esteja a par do que acontece e possa agir o mais rápido possível, elucidando ruídos ou revertendo processos críticos com maior facilidade.
Diminuir o índice de retrabalhos e mesmo o custo para desenvolvimento de projetos com isso, por exemplo, é outra possibilidade advinda da promoção de integração de equipes e cabe ao gestor batalhar pela inserção dessa cultura.
Conversar com os colaboradores, buscar entendê-los e prover a eles acesso às ferramentas de trabalho necessárias também conta muito (aproveite e veja aqui alguns problemas que afetam a produtividade da equipe de TI e como evitá-los).
3- Esteja por dentro das principais tendências da área
Não é porque a empresa em que um gestor esteja hoje adota determinado sistema que ele necessariamente vai atender a todas as necessidades da empresa sempre.
O setor de TI é dinâmico e constantemente o mercado insere em seu contexto novas tendências que precisam ser observadas de perto por quem trabalha na área para garantir competitividade à empresa.
É possível, muitas vezes (e até por uma questão de custos), unir parte da tecnologia que se tem a novos componentes que conseguem oferecer maior capacidade e segurança à organização.
Ou seja, expansão da tecnologia e do parque de TI sem necessariamente deixar de aproveitar o que a empresa dispõe – apenas integrando-se a eles.
Um exemplo de tendência também tem sido a chamada Internet das Coisas (IoT). De acordo com dados da consultoria IDC, o gasto mundial com esse conceito, inclusive, deve chegar a US$ 772,5 bilhões neste ano que se inicia (2018).
4- De olho na contribuição da transformação digital
Um gestor de TI eficiente também precisa, muitas vezes, demonstrar valor de sua área na empresa e saber gerir as demandas com base nisso.
A computação cognitiva, por exemplo, é outro pilar para que a empresa consiga ir além com as ferramentas tecnológicas e o gestor deve considerar.
Cabe ao gestor promover a conscientização desses parâmetros ao time interno e também atuar na articulação disso com a gestão, para tornar a empresa cada dia mais dotada de capacidade competitiva.
Em outras palavras, um gestor de TI eficiente não pode apresentar resistência a importantes quesitos, nem barreiras para a inovação.
É essencial também promover treinamentos e reuniões periodicamente com os grupos, obter e passar feedbacks e, assim, também instrui-los a respeito das novas metodologias aplicadas e ferramentas introduzidas na realidade da empresa, para torná-las familiares a eles e incentivar a inovação a partir de novos modelos e possibilidades.
5- Terceirização de serviços
Outro ponto importante a ser lembrado é que nem sempre, e ainda mais dependendo do tamanho da empresa, a TI terá condições de estruturar seu próprio departamento completo.
Muitas vezes o orçamento ou mesmo a disponibilidade da equipe não dão conta de instaurar algum procedimento novo ou upgrade essencial no setor.
Ter infraestrutura obsoleta também pode representar um prejuízo para a empresa ao longo do tempo e, por essa razão, ter um parceiro especializado e atuar com outsourcing de TI pode permitir ter acesso sempre a suporte de ponta e atualizações constantes sem necessariamente comprometer o budget.
Um gestor de TI eficiente, nesse aspecto, precisa considerar quando é hora de investir em ferramentas, metodologias ou suporte que garanta toda a infraestrutura e gerenciamento que a empresa precisa potencializando a força interna de equipe que ela tem.
Na verdade, ao investir em tecnologias e equipamentos de fora, a TI entrega a essa equipe e ao gestor a possibilidade de fazer mais, de ter maior rendimento em seu trabalho e não o contrário.
E, nesse ponto, o outsourcing de TI pode contribuir na medida certa (com infraestrutura sob demanda).